Resenha - Liberta-me por Tahereh Mafi
By Rodrigo Batista | terça-feira, janeiro 12, 2016
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Título Original: Unravel Me
Ano de Lançamento: 2013
Número de Páginas: 448
Editora: Novo Conceito
Onde comprar: Cultura | Amazon | Saraiva
Olá galera, como vocês estão? Hoje eu vim aqui conversar sobre Liberta-me, segundo livro da trilogia distópica Estilhaça-me.
Para quem não conferiu a resenha do primeiro livro, essa conterá spoilers. Sintam-se avisados.
Juliette conseguiu escapar de Warner e agora se encontra no Ponto Ômega, um refúgio de pessoas que também possuem habilidades especiais e, também, um centro rebelde contra o Restabelecimento. Enquanto tenta se manter sã, Juliette terá que aprender à controlar o seu dom antes que seja tarde demais...
Quem acompanha o blog, sabe que eu não fui muito com a história da Julliete e cia. Mas ok, eu sou compreensivo e sempre tento pensar que as coisas vão melhorar etc. Me propus à ler o segundo e ai, dói dizer isso, mas continuo com o mesmo pensamento sobre a trilogia. Mas por quê? Vamos lá.
Para começo de conversa, no primeiro livro somos apresentados à Juliette, uma garota que está confinada por um longo tempo em uma cela devido ao seu toque letal. Ok, tudo bem, entendo ela ser meio psicótica e tudo mais. Aliás, quem não ficaria louco confinado por um período muito longo? Por ser narrado em primeira pessoa, vemos o quão louca Juliette está. Também pouco nos é apresentado esse mundo em que tudo está um caos. Foi interessante e legal em Estilhaça-me. Mas, como em toda continuação que eu leio, espero uma evolução tanto dos personagens e da história e eu esperava que isso fosse acontecer em Liberta-me, mas eu estava errado.
Começamos esse volume um pouco depois do fim de Estilhaça-me. Juliette está mais sensível do que nunca e não consegue controlar seus sentimentos. Ok, isso foi até aceitável nas primeiras páginas, mas chegou na página 200 e a garota ainda estava tendo ataques mega infantis e birrentos e arggg. Esperei mais um pouco e cheguei na página 300. NADA DE EVOLUÇÃO. Vocês imaginam isso? 300 páginas de quase a mesma coisa do primeiro livro? Sério. Os personagens continuaram a mesma coisa, continuamos sem saber o que acontece no mundo e a história não engrena. Esse tipo de coisa, infelizmente, não consigo aceitar nem em primeiro livro e quem dirá em continuação.
Mas vamos para o que mais me irritou em Liberta-me: o triângulo amoroso. Como se já não bastasse a história ser fraca em diversos aspectos, ainda tem uma romance digno de um dramalhão mexicano das tardes do SBT. Gente, sério. Não consegui aguentar tanto drama e chororo. Era um vai e volta, um diz que me disse. E, sinceramente, já passei da fase. O livro pode até não ser o melhor em questão de dinâmica e trama, mas agora colocar um romance chato, aí já é pedir pra eu aguentar demais. Eu adoro casalzinhos e tudo mais, shippo etc, mas isso são quando o autor são bem construídos e conduzidos. O que não é o caso.
A única coisa que se salva é a escrita maravilhosa de Mafi. Toda a poesia e as metáforas contidas em sua narrativa são incríveis. E isso, sem sombra de dúvidas, foi o que me fez não ter tanta raiva do livro e não dar apenas uma estrela.
Não, ao contrário do que vocês possam está pensando, eu não vou deixar de indicar a trilogia, mas darei um alerta. Leia sem grandes expectativas. Mesmo com os diversos problemas, eu irei ler o terceiro volume porque nunca se sabe o que lhe espera, né? Espero vir aqui e falar o quanto gostei, mas enquanto isso, fico com o gostinho amargo da decepção ao esperar que as coisas fossem melhorar.
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